Aline em ensaio para a revista espanhola Hércules,publicado em abril. (Foto: Reprodução)
Aline em cena do filme 'Direito de amar', de TomFord. (Foto: Divulgação)
Editor: VANDERLAN NADER *NOTORIOUS MAGAZINE* EMAIL : vnader31@gmail.com
Top de Hollywood disputa holofotes com Gisele e Paris Hilton na SPFW
Eleita pela 'diaba' da moda, catarinense Aline Weber fez filme de Tom Ford.
Loira desfila na temporada paulistana, que começa na próxima quarta (9).
A catarinense Aline Weber, que desfila na SPFW.(Foto: Divulgação)
fotos da carreira de Aline Weber
A loirinha desembarca na temporada de moda paulistana – que tem início na próxima quarta (9), na Bienal do Parque do Ibirapuera – como uma das modelos mais bem cotadas no mercado internacional e até com passagem por Hollywood.
Aline estrelou o filme “Direito de amar”, que marcou a elogiada estreia do estilista Tom Ford como cineasta. “Nunca planejei ser atriz”, conta a moça, que foi colega de set dos indicados ao Oscar Colin Firth e Julianne Moore. “Uma semana antes das filmagens a Anna Wintour pediu para me conhecer. Nós batemos um papo, ela foi com a minha cara e me indicou para o elenco”.
Cair nas graças de Anna Wintour, a toda-poderosa editora da Vogue americana, não é tarefa das mais fáceis - seu temperamento difícil e o nível quase patológico de perfeccionismo já foram retratados no filme “O diabo veste Prada”.
“Olha, não vou dizer que ela tenha sido supermeiga no nosso encontro”, revela Aline. “Mas percebi que é uma mulher culta, megasofisticada, que sabe muito bem o que quer”.
E se a “diaba” quis Aline, motivo não faltou. A brasileira está em ótimo momento na moda internacional. Foi estrela dos desfiles de Marc Jacobs, Balenciaga, Oscar de la Renta e Yves Saint Laurent. Posou para a capa de publicações como a Vogue japonesa e a espanhola, além das descoladas “W”, “Dazed and Confuzed” e “V”.
“Não me deslumbro com essa coisa do ‘ela está em alta’. Quando cheguei em Nova York aos 15, sem falar inglês, emendava um trabalho atrás do outro”, relembra. “Depois passei quase quatro anos sem fazer nada, sem nenhum convite. Ficava me perguntando: ‘será que enjoaram da minha cara?’”.
Sorte grandeO encantamento de Aline com a moda começou cedo, aos 14 anos, quando participou de um concurso de modelos em sua cidade – a pequena Seara, no interior de Santa Catarina. Ela e a irmã mais velha, Cleide, foram as primeiras colocadas.
“Minha família vibrou, achava que a vida ia mudar. Mas então os organizadores começaram a pedir um monte de dinheiro pra fazer o book, pagar cabeleireiro, taxas para tudo... Sei que ficava mais de mil reais”, relembra. “Tenho até medo de pensar quantos pais caem em golpes como esse atrás do sonho de ver a filha virar modelo”.
O dinheiro era alto para a família, que vivia dos lucros de um mercadinho instalado na garagem de casa. Mas dias depois veio a surpresa.
“O olheiro de uma agência séria acompanhou o concurso , viu minhas fotos e foi procurar meus pais”, conta. “Poucos meses depois estava em Nova York, desfilando para o Marc Jacobs, que eu nem sabia quem era...”
A irmã – que também foi uma das vencedoras do tal concurso – não teve a mesma sorte. Mas se formou psicóloga com a ajuda financeira de Aline. “A Cleide está superbem, é ótima no que faz”, garante, cheia de orgulho.
A gata de botas de SearaQuando volta à Seara – coisa que costuma acontecer nos finais de ano e nas semanas pós-temporada nacional de desfiles – a modelo dá entrevistas para a rádio local a pedido do pai. “Ele fica todo cheio, pede pra todo mundo ouvir...”
O que causa certo estranhamento nos conterrâneos é jeito que a loira se veste – ela adora garimpar peças em brechós pelas lugares onde desfila. “Uma vez fui à igreja com uma bota de cowboy que comprei em Paris. De repente notei que as meninas estavam todas olhando pro meu pé, achando meio bizarro...”, diverte-se, como se já não chamasse a atenção o suficiente com seu 1,82m de altura.
Quando está de folga, mas não pode vir ao Brasil, reúne os amigos para jogar tranca em seu apartamento em Nova York. A turma inclui as tops brasileiras Cintia Dicker, Rafaela Lazzini e Adriana Caye, além do namorado, o modelo paulista Matheus Strapasson, com quem está há 4 anos.
“Casar? Ah, por enquanto não né... Somos muito pirralhos! Claro que a gente pensa, mas não planejamos nada”.
Planos mesmo ela tem para quando se aposentar da carreira de modelo, “lá pelos 29, 30”. “Quero ser DJ profissional. Já faço curso, tenho mesa de som e mixer em casa”, conta Aline, fã de Nirvana, AC/DC e Depeche Mode.
Empolgada, pensa até em abrir um club, “bem pequenininho, charmoso e com música boa”. “Quem sabe lá em Seara a baladinha faça sucesso”, brinca a modelo, que como DJ pode surpreender ainda mais do que as botas de cowboy francesas.
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